quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Entrevista com Warley Santana



"...todos nós somos suscetíveis e nunca buscamos as fontes para apurar nada", Warley Santana 

Helder Miranda
Em julho de 2010


Warley Santana ficou conhecido nacionalmente como o “oitavo elemento do CQC”, na primeira temporada do programa. Fez o papel de um assessor de imagem que simulava entrevistas com personalidades das classes política e artística para o fictício programa Em Foco. O quadro colocava as pessoas em situações patéticas, ao aceitarem falar “frases de efeito" sugeridas por ele, além de “poses” para as chamadas do programa.  Atualmente, está no elenco de O Formigueiro, apresentado por Marco Luque na Band, que estreou quinta passada. Estará em Santos todas as sextas, às 20h30, no Trajano Bar (Rua da Paz, 20), para o show de Stand Up Comedy - Warley e Eu.

Que conclusões tirou sobre políticos e celebridades, após o Em Foco?
Que todos nós somos suscetíveis e nunca buscamos as fontes para apurar nada (risos).

Há algo em comum nessas pessoas?
Talvez a vontade de sempre aparecer da melhor forma, independente do preço.
O humor do CQC é irreverente. Alguma vez você teve receio de fazer alguma pergunta?
A dificuldade do Em Foco era não transparecer que era um programa de comédia, estávamos sempre no limite, o convidado não podia desconfiar, por isso foi considerado um quadro mais difícil. É diferente de você abordar alguém que saiba que você é CQC, então as perguntas tinham que ser repesadas. A tensão era grande.
Como é sua relação com os outros integrantes do programa?
Somos todos muito amigos, nos falamos sempre.
Há espaço para tantos programas de humor que, hoje, existem?
Tem e sempre terá espaço para todo mundo, mas inovar nem sempre é fácil.
Qual a sua opinião sobre os programas CQC, Pânico na TV e Legendários?
Deram uma mudada na programação e daí nasceram ainda outros filhotes. O telespectador sente a diferença até na forma que o esporte é abordado hoje. Não é novidade ter esporte com humor, mas da forma que está, com intervenções gráficas e um enfoque ora mais sarcástico, ora mais leve, ainda não tinha visto.
E sobre comediantes ocuparem lugares de repórteres?
Acho que tem espaço para todo mundo, independente da formação. Existem grandes jornalistas que podem fazer comédia e vice-versa.
Dentro desse contexto, o que pensa sobre a não-obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão?
Sou tradutor de formação também e já me senti lesado por não ter que ter o diploma para se fazer uma tradução. Hoje eu aceito melhor essa situação, acho justo que quem saiba fazer, faça. O mesmo serve para a profissão de jornalista. 
O que pode nos adiantar sobre o novo programa de Marco Luque?
Estou apaixonado pelo programa, confesso que viajei para a Espanha bem curioso, quando cheguei lá, vi que era o que faltava na nossa programação. Muita gente vai dizer que tal quadro é imitação de alguma coisa e tal. Isso aconteceu com o CQC no começo e hoje o programa se firmou de melhor maneira, acredito que o mesmo vai acontecer com O Formigueiro.
Para você, como está sendo ser uma das “formigas”?
É clichê dizer que é um presente? As formigas são a alma do programa, com o Luque e todo o elenco e esquipe que, em tão pouco tempo conseguiu uma sintonia muito bacana. Eu sou a “Jura”, a formiguinha mais dengosa e ingênua, mas que também tem uma leve acidez. É muito legal, o Brasil vai gostar delas. Na Espanha, fica difícil encontrar os produtos da marca, eles se esgotam rapidinho. 
E em relação ao seu show em Santos, o que o público deve esperar?
Muita descontração e convidados especiais. Uns bem conhecidos do público e outros nem tanto, mas com muito talento, com certeza. Um ambiente informal, onde o clima é de bate-papo, aproveitando o clima intimista do bar, essa é uma das vantagens.
O espetáculo Warley e Eu faz alguma referência ao best-seller?
Na realidade ele se refere aos vários apelidos que recebo por ter um nome estranho (risos). Talvez o humor estabanado, como o cão, mas ainda assim, amigo.

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